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domingo, 6 de maio de 2012

Uma dessas manhãs

Buenos Aires amanheceu devagar, preguiçosa. Manhã fria, chão gelado. Me arrasto pelo apartamento, sento enrolada em uma coberta na frente do computador com uma cuia de chá mate saindo fumaça na mão esquerda, ouvindo Peggy Lee em um fone que propositalmente cobre toda a minha orelha e de repente nos meus perdidos literários que sempre xereto um pouco em dias frios sem muito o que fazer, eu leio, “È uma perfeição absoluta, dir-se-ia divina, sabermos disfrutar lealmente do nosso ser.” Gracias Montaigne, por poetizar esse momento sem muita disposição para ser mais que uma manhã qualquer.

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