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segunda-feira, 28 de março de 2011

A nova cor


Ela me seguiu.A colombina, a bailarina, a garota que gostava de coelhos e cartolas. Ela dobrou a mesma rua, ela entrou no elevador, ela segurava seu yorkshire na mão esquerda. Eu falava ao telefone e pedi um pouco de silêncio a minha hiperatividade. Ela me olhou até me calar, justo ela, justo eu. Queria descer mais alguns andares além do térreo para ver até onde aquilo ia dar e continuar a fingir que não via. Sai com pressa de lugar algum, de um teto, de um pouco de asma, ela encheu meu pulmão de ar. Foi tão rápido que eu não percebi que era pra mim, dês de o começo. Eu espero.

2 comentários:

Poetisa (Helena) disse...

Às vezes a vida prepara uns acasos que nos surpreendem. É como ir a lugar algum, encontrar alguém que você não imaginava e sentir algo que nem sabia que era possível.
Extasiante de se ler, como sempre.
Mas talvez porque você seja uma pessoa extasiante.

Sinuca-breja-bossa disse...

Vivemos de paixões mundanas, efêmeras, todo o tempo, da hora que acordamos até dormirmos passamos por muitas a cada olhar.Quão extasiantes suas palavras expressam meus textos. Bjus