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sábado, 28 de agosto de 2010

“E assim eu me apresento”


Um olhar, um desejo, um medo. A reflexão mais nostálgica de uma xícara e um cinzeiro numa noite de insônia. Uma brisa, e tudo o que é novo me invade. É o meu sangue que corre, é o meu coração que pulsa, numa roda, num bar, em qualquer lugar da boêmia, pura ou com gelo. É a certeza que tenho de todas as minhas incertezas camufladas que me formam e me dão sentido. Sem isso não sou, sem isso não quero, sem isso não tem porque. É o vício que nasceu comigo. Eu não sei quanto amor me foi jogado placenta adentro, mas nasci transbordando. Hoje sou rio, cachoeira, enchente, enxurrada que precisa sempre desaguar. Não adianta! Sem a brisa leve do vento tocando o meu rosto, enquanto fecho os olhos e enxergo a minha alma. Sem o chá de outrora já frio em cima da escrivaninha e todas aquelas razões pra minha insanidade, loucura que me alimenta. Sem o meu coração testando toda a sua resistência...-Eu não sei pra que sirvo.-
O maldito amor.
O Bendito amor.
O escasso, inalcançável e utópico amor
-É todo meu!-

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